terça-feira, 22 de agosto de 2017

Lirismo, sincronia da natureza

O relógio do campanário emudece
O próprio tempo, parece, imobiliza
Como que ao céu, sobe uma prece
Que, solene, sua carência enfatiza.

Nos páramos, sopra vento solitário
Que desimpedido pelo chão desliza
O vento se entende desnecessário
Então, se transforma em mera brisa.

No entardecer a revoada de pardais
Os quais dão movimentos aos ares
Que púrpuro, tem brilho e tudo mais.

Uma quietude, apesar dos pesares
É sossego e calmaria transcendentais
O qual junta céu, nuvens, rios e mares.

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