sábado, 9 de dezembro de 2017

Nós no cosmos

Onde o horizonte de eventos existe
Contudo, a distância real encobre
Então há muito pouca luz que sobre
Quando pensamos, parece bem triste.

Nem aos telescópios alguém assiste
Aquela ocorrência, digamos, nobre
Mesmo que Hubble sua nitidez dobre
A fenomenal distância resiste.

Então, apenas cogitações sombrias
Turvadas por solares ventanias
Tornam uma lucubração tão forte.

O cosmos não é imensa avenida
Antes, é um nascedouro de vida
No qual vivemos apenas por sorte.

Um comentário:

  1. Quando vejo tudo isso num universo infinito de matéria e energia penso no que somos, não dá para dizer nem um grãozinho de areia, ainda é muito grande para o que somos diante de tudo. Digo com toda a humildade que não somos nada!
    Jair, gostei muito desse soneto, sinto toda a minha insignificância, e gostei também do seu comentário!! rs
    Abraço daqui do sul do Brasil para a Austrália!

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